Talvez, eu tenha me perdido. Ou quem sabe, me encontrei. As transições são assim, a gente fica no meio do que foi e daquilo que agora é, e na maioria das vezes rola aquela confusão básica.

Ninguém conta que a transformação pode ser uma bagunça, né? É como abrir mão de tudo que você foi e acreditou para dar boas-vindas a uma nova fase desconhecida. Toda mudança é estranha, mas quando as coisas não se encaixam mais como antes, e o sentido deixa de existir, nos deparamos com a missão de arrumar as malas e partir, mesmo com o coração insistindo em ficar.

O estranho é que por várias vezes eu tive medo dessa transição, porque era confortável demais ficar onde eu estava, mesmo que o sentimento era de vazio. Por muito tempo, eu deixei a mala arrumada, mas não consegui ir embora. E talvez, para atravessar esse caminho, ter apenas coragem é apenas um mero requisito. E sem planejar absolutamente nada, a vida vai te empurrando para novas responsabilidades e experiências, e quando se dá conta tudo está diferente, e você nem teve tempo de entender como chegou até aqui.

A questão é que somos a soma de nossas fases, e por mais que exista uma certa resistência, mudar vai ser preciso, uma, duas, trezentas vezes. Por esses dias, eu senti medo em me despedir de quem eu era, mas aquela garota não iria conseguir lidar com tudo que está acontecendo. A nossa nova versão é um pouco exigente, por isso não dá para continuar sendo a mesma pessoa de sempre.

Cada momento te preparou para o agora, e a linha do tempo é continua, então acolha seu novo momento, ele é seu, e com certeza muita coisa aconteceu antes, para que o agora seja incrível para você!